Estamos a testemunhar uma revolução tecnológica que está a fazer com que haja uma mudança repentina nos nossos empregos: a ascensão da Inteligência Artificial.
Enquanto permitir trazer eficiência e inovação para várias indústrias, também nos traz consigo desafios significativos e questões sobre o futuro do trabalho.
Um dos pilares da IA, a automação, está a começar a substituir as tarefas repetitivas e previsíveis, isso levanta questões importantes sobre o futuro dos empregos tradicionais em setores como, a manufatura e o atendimento ao cliente.
No entanto, essa automatização, não significa uma perda total desses empregos. Em vez disso, está a deixar os trabalhadores concentrarem-se em atividades que exigem habilidades humanas únicas, como criatividade, empatia e pensamento crítico.
Já relativamente à colaboração homem-máquina, também está a tornar-se uma norma. Sistemas de IA estão a ser integrados em vários setores, desde cuidados de saúde até marketing, ampliando as capacidades dos profissionais.
Atualmente há médicos a usarem IA para diagnósticos mais precisos, e como exemplo, em 2020 fizeram a primeira cirurgia da coluna realizada com inteligência artificial.
Já os profissionais de marketing podem aproveitar certos algoritmos para análises de mercado detalhadas. Essa colaboração está a fazer com que os humanos tenham certas especializações, exigindo que os trabalhadores desenvolvam habilidades em ciência de dados e aprendizado de máquina. Existe uma perda prevista de 8 milhões de postos de emprego nos próximos 5 anos, devido à adoção de tecnologias avançadas e à crescente digitalização.
O que será que irá acontecer a partir daqui? Que tipo de profissão poderá existir? A expetativa dos empregadores é que as novas tecnologias contribuam positivamente para a criação de empregos, tais como especialistas em ética da IA, necessários para garantir que as tecnologias sejam usadas de maneira responsável e justa, ou então desenvolvedores de algoritmos e cientistas de dados estão em alta demanda, criando um mercado para profissionais altamente qualificados. No entanto, não podemos ignorar os desafios éticos e sociais que vêm com a IA.
Questões sobre privacidade e segurança cibernética precisam ser abordadas para garantir que a IA seja usada para o bem da sociedade. Além disso, a requalificação dos trabalhadores afetados pela automação é crucial. Programas de treino e educação continuada são essenciais para ajudar os trabalhadores a adaptarem-se às mudanças e garantir que ninguém seja deixado para trás.
A inteligência artificial está a transformar o mundo do trabalho de maneiras que antes eram inimagináveis.
Ao abraçar essa revolução tecnológica com uma abordagem equilibrada, podemos moldar um futuro onde humanos e máquinas coexistem de maneira harmoniosa, impulsionando a inovação e criando oportunidades para todos.